Parece e é repetição, mas uma imitação necessária, já que viver é um exercício constante e a vida flui em ciclos... e em reproduções que podem e devem ser quebradas quando se está disposto a viver o real - não menos mágico do que as fantasias. Por isso, falemos da vida, que é plena quando acontece no agora, no hoje e não amanhã ou semana que vem; não no fim de um curso, após passar no processo seletivo ou encontrar alguém ou, ainda, quando conseguir uma promoção.
A vida pede urgência para ser sentida, vivida mesmo! E não camuflada em “quando eu”, que, muitas vezes, nunca chega.Esses pensamentos nos fazem jogar para frente uma possibilidade que é vital para se estar bem e para crescer, hoje. Nesse meio tempo, que venham os projetos - não como fugas, mas como possibilidades.
É no múltiplo que se sustenta a imensidão das gotas desse mar chamado vida; constantes, mesmo no “marasmo”. Esses pingos não pedem tempo futuro, mas ventos para darem formas às suas ondas. Elas podem ser calmas e seguras, mas podem ser altas e belas na surpresa que carrega a sua inconstância, pois permite um mergulho maior, com braçadas nas diversidades da vida: rica em estilos, grandiosa nos detalhes.
Então, se temos o desejo, por que não priorizar a coragem de ser e para fazer ainda hoje? Estamos aqui para viver, então por que não existir em função do que nos proporciona o prazer de ver-nos envolvidos no que temos de melhor a oferecer e a ser, ‘agora’?
Quando insatisfeitos, façamos uma revisão para seguir; não para ficar mergulhando anos e anos numa insatisfação que poda, cansa a nós mesmos e aos outros. Porque não ponteirar um pouco sobre isso tudo..., tudo isso? É preciso disposição: a minha e a sua. Também é preciso observação, e um pouco de coragem para admitir o que se vê e, principalmente, o que se sente. Esta postura, no mínimo, vai nos permitir um contato com alguns lados; uma proposta aos que questionam sobre os estímulos que se fazem pulsar com plenitude, sobre o lugar que estamos indo e até onde estamos avançando.
Caso contrário, continuaremos amaldiçoando chefes, o sistema, sofrendo por dietas que nunca começam, culpando aos outros em nome dessa falta de disposição em fazer diferente, pelo desânimo diante dos desafios. Isso é viver uma projeção sobre como seria, no futuro, desprezando o que há de mais precioso e certo: o hoje! A única coisa que temos de concreto, realmente. Muitos incômodos já existem em forma dos sintomas que se apresentam no dia a dia, portanto, por que não olhar de frente e privilegiar as possibilidades deste agora?